As técnicas quantitativas diferem das qualitativas, no primeiro caso, o investigador pretende saber em termos avaliativos: quanto; nas técnicas qualitativas a questão que se procura resolver é: será que se fez bem? Ou seja, é mais subjetiva.
As técnicas quantitativas mais comuns utilizadas na avaliação são:
- Entrevistas estruturadas;
- Estatísticas dos serviços.
As técnicas qualitativas não pretendem saber números, apesar de em certas situaçãoes os investigadores possam querer quantificar certos fenómenos observados, e aqui se dá uma combinação entre métodos quantitativos e qualitativos.
As técnicas qualitativas mais comuns utilizadas na avaliação são:
As técnicas qualitativas mais comuns utilizadas na avaliação são:
- Dinâmicas de grupo;
- Entrevistas;
- Observação (observação presencial, etnográfica).
Como afirmam Shaffer e Serlin (2004):
Os métodos qualitativos e quantitativos são, em última análise, métodos para garantir a apresentação de uma amostra adequada. Ambos constituem tentativas para projectar um conjunto finito de informação para uma população mais ampla: uma população de indivíduos no caso do típico inquérito quantitativo, ou uma colecção de observações na análise qualitativa. [...] O objectivo em qualquer análise é adequar a técnica à inferência, a afirmação à comprovação. As questões que se colocam a um investigador são sempre: Que questões merecem ser levantadas nesta situação? Que dados poderão lançar luz sobre estas questões? E que métodos analíticos poderão garantir afirmações, baseadas em dados, sobre aquelas questões? Responder a estas questões é uma tarefa que envolve necessariamente uma profunda compreensão das potencialidades e limites de uma variedade de técnicas quantitativas e qualitativas.
Através desta imagem se consegue perceber que a orientação metodológica tem uma base racionalista (quantitativa), que permite explorar hipóteses, mas também se tem usado uma metodologia de origem naturalista (qualitativa) fato característico da observação direta dos fenómenos em estudo, provando que se consegue estabelecer a utilização de uma metodologia mista na investigação em educação.
Revista Portuguesa de Educação, 2007, 20(2), pp. 75-104
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